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Curso de monitoramento ambiental reúne novos biólogos na Mata Atlântica

O último fim de semana marcou a etapa presencial do curso de Monitoramento de Fauna e Licenciamento Ambiental, oferecido de forma gratuita pelo Terra Luminous (ITL) em parceria com o Conselho Regional de Biologia (CRBio-01).

Foi uma imersão inesquecível na Mata Atlântica para os 30 participantes, entre estudantes e biólogos  recém-formados selecionados entre mais de 200 inscritos. Eles puderam conhecer de perto toda a biodiversidade desse bioma e aprender – na sala de aula e na floresta – técnicas e metodologias  usadas no monitoramento da fauna, além das tendências e perspectivas relacionadas ao nosso capital natural, a biodiversidade.

Para o Instituto Terra Luminous, o curso confirmou a vocação desse território como um laboratório a céu aberto para pesquisas e parcerias com universidades brasileiras e estrangeiras, em um dos biomas mais biodiversos e ameaçados do planeta.

Novas espécies – O monitoramento de fauna que o ITL realiza periodicamente conseguiu registrar um número surpreendente de novas espécies, graças à atenta dedicação dos alunos, ávidos por explorar e identificar toda a riqueza de vida na floresta.

A área cuidada pelo Terra Luminous registra agora mais de 200 espécies de aves, incluindo algumas espécies ameaçadas de extinção, e mais de 30 representantes da herpetofauna (répteis e anfíbios) – alguns deles muito raros, como um sapinho que vive sob a cobertura vegetal do solo e apenas é encontrado em florestas muito bem conservadas.

Também foram registradas pela primeira vez novas espécies de serpentes, e nossas armadilhas fotográficas (“câmeras-trap”) registraram a visita de dois gatos-do-mato e de um casal de antas, uma excelente notícia um ano depois do último flagrante dessa espécie.

Diversidade – “O processo seletivo para este curso inédito conseguiu reunir um time muito técnico de jovens com perfis bastante diversos de condição socioeconômica e identidade de gênero, oferecendo a este público a possibilidade de acessar conteúdos e metodologias não aprendidos na universidade, e que serão ferramentas preciosas para qualificar seus serviços”, explica Sandro de Faria, coordenador científico do curso.  

O curso também levantou tendências e perspectivas do mercado para o trabalho de biólogos em um cenário  de aquecimento global e mudanças climáticas. “Ele traz conteúdos que a gente não tem na graduação de uma forma aprofundada e leve”, relata o estudante Renan Nogueira. 

Já o biólogo Eduardo Cerqueira, pós-graduando Ecologia e Conservação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, acentuou a importância da vivência tanto para sua atuação como profissional. “O curso proporciona uma visão de que não somos destacados da natureza, mas fazemos parte dela. É importante ter esse tipo de compreensão para atuar como cientistas. Não dominando a natureza, mas nos vendo como integrantes dela”. 

Segunda edição – O sucesso do curso foi tamanho que o Instituto Terra Luminous e seu Centro de Pesquisa, o CPMAMA, já iniciaram o desenho da segunda edição, que deve ocorrer em julho. Caso tenha interesse em receber mais informações, acesse esse link

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